“Esta guerra não é pela glória. É uma guerra pela liberdade…” – Winston Churchill
Churchill é um filme de guerra… sem mostrar a guerra.
Seguindo o ponto de vista do Primeiro-Ministro inglês Winston Churchill nos dias que antecedem o Dia D, a produção tenta nos mostrar o quão grandioso e elaborado foram os planos para esse dia histórico na Segunda Guerra, quando o resultado de três anos de planejamento levaram ao desembarque de milhares de soladados britânicos, norte-americanos e canadenses nas praias da Normândia, para libertar a França do domínio nazista. Além de mostrar o papel dessa figura icônica em todo o processo militar e político, a busca do filme por um tom mais pessoal para a história acaba entregando uma trama pouco emocional e confusa, caso o espectador não tenha o mínimo de conhecimento dos fatos e personagens em tela.
Mesmo com a maravilhosa atuação de Brian Cox (X-Men 2, Tróia) como Churchill, o filme brilha apenas por nos mostrar um pouco de como era e de como pensava o Primeiro-Ministro e sua relação com a esposa Clementine (Miranda Richardson) e outras figuras históricas importantes na Segunda Guerra como o general norte-americano Dwight Eisenhower (John Slattery). Com direção do australiano Jonathan Teplitzky (Uma Longa Viagem), a trama de Churchill peca por não apresentar de maneira geral o contexto do conflito, os planos do Dia D e a real importância do personagem naquele momento, fazendo parecer que ele era apenas uma peça descartável na qual ninguém dava importância e sendo resumido a um velho rabugento que estava sempre contra os planos de guerra dos Aliados.
Mesmo tendo seguido um caminho mais pessoal, sem se preocupar em criar uma relação de empatia com o público e não entregando o senso de urgência e importância necessária que a história pedia, o filme ainda pode agradar pelo fato de conhecermos um pouco mais de quem era Winston CHurchill e toda sua personalidade forte e marcante, o tornando uma grande figura na história da Segunda Guerra.
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